Thursday, December 31, 2009
Thursday, November 05, 2009
Thursday, October 15, 2009
fragile
the things i exposure,
i put out there,
without knowing if it's going to fall
or be caught...
it hurts many times
but i don't know any other way
...hope there's some beauty in it at least...somehow...
Tuesday, October 13, 2009
Wednesday, October 07, 2009
njinjiritane
voa njinjiritane,
sai dessa gaiola,
esse espaço agora pequeno para ti
que te tornava deconhecido dos ares.
e vai abrindo cada vez mais as tuas asas,
faz-te ouvir, faz-te sentir,
sem nunca perder a inocência daquela música de criança
agora reservada à lembrança
para não deixar fugir um certo som familiar que queres continuar a ouvir.
deixa que outros o conheçam
quando passares pelos teus novos destinos,
embalando noites quentes e frias,
aconchegando corações com todas as tuas cores.
sai dessa gaiola,
esse espaço agora pequeno para ti
que te tornava deconhecido dos ares.
e vai abrindo cada vez mais as tuas asas,
faz-te ouvir, faz-te sentir,
sem nunca perder a inocência daquela música de criança
agora reservada à lembrança
para não deixar fugir um certo som familiar que queres continuar a ouvir.
deixa que outros o conheçam
quando passares pelos teus novos destinos,
embalando noites quentes e frias,
aconchegando corações com todas as tuas cores.
(obrigada pelas fotos a.s.)
Monday, October 05, 2009
Monday, September 21, 2009
intemporalidade tonta
...algumas vezes engulo em grosso os momentos que passo aqui...já pensei que a solução seria ter nascido nos anos 20/30 e poder desfrutar dos musicais americanos, da brodway e mgm........mas hoje pensei que algo mais neutro e intemporal: ser um desenho...estou ainda indecisa se animado ou gráfico?
Wednesday, September 02, 2009
o deserto também me vai acompanhando na leitura....
"Ah, mas o mundo árabe não funciona assim! A regra principal é: nada tem uma solução definitiva e não há nada que não tenha algum tipo de solução provisória."
"Contei-te então que tinha reparado que o nosso guia, o Ali, conhecia um dos tuaregues da caravana e que se haviam sentado os dois no chão, de mãos dadas e numa estranha lengalenga: um fazia uma série de perguntas breves a que o outro dava respostas igualmente breves; e, depois, invertiam os papéis - o que tinha estado a responder passava a perguntar e o outro passava a responder. E, quando o estranho diálogo acabou, ficaram os dois em silêncio, sempre de mãos dadas e a olhar em frente.
- O que é que eles perguntam um ao outro?
- Como tens passado? Como está a tua mulher? E os teus pais? E os teus filhos? E os teus irmãos? E o teu rebanho? E as tuas pastagens? E por aí fora...
- E porque é que ficam calados depois?
- Porque já não têm mais nada de importante para dizer.
Fiquei a pensar na tua resposta: "Ficam calados porque já não têm mais nada de importante para dizer." E fiquei a pensar no que me tinhas dito antes, sobre os sahraoui: "Como não têm nada, absolutamente nada, poupam tudo. Poupam a água, a comida, poupam as energias viajando de noite para evitar o calor. Até poupam nas palavras."
"Depois disso, voltei onze vezes ao Sahara.(...) Mas voltei, porque o deserto tornou-se quase um vício e a minha íntima religião, o único divino a que prestava contas e onde me reencontrava."
(all in "No teu deserto", de Miguel Sousa Tavares)
"Contei-te então que tinha reparado que o nosso guia, o Ali, conhecia um dos tuaregues da caravana e que se haviam sentado os dois no chão, de mãos dadas e numa estranha lengalenga: um fazia uma série de perguntas breves a que o outro dava respostas igualmente breves; e, depois, invertiam os papéis - o que tinha estado a responder passava a perguntar e o outro passava a responder. E, quando o estranho diálogo acabou, ficaram os dois em silêncio, sempre de mãos dadas e a olhar em frente.
- O que é que eles perguntam um ao outro?
- Como tens passado? Como está a tua mulher? E os teus pais? E os teus filhos? E os teus irmãos? E o teu rebanho? E as tuas pastagens? E por aí fora...
- E porque é que ficam calados depois?
- Porque já não têm mais nada de importante para dizer.
Fiquei a pensar na tua resposta: "Ficam calados porque já não têm mais nada de importante para dizer." E fiquei a pensar no que me tinhas dito antes, sobre os sahraoui: "Como não têm nada, absolutamente nada, poupam tudo. Poupam a água, a comida, poupam as energias viajando de noite para evitar o calor. Até poupam nas palavras."
"Depois disso, voltei onze vezes ao Sahara.(...) Mas voltei, porque o deserto tornou-se quase um vício e a minha íntima religião, o único divino a que prestava contas e onde me reencontrava."
(all in "No teu deserto", de Miguel Sousa Tavares)
Wednesday, August 05, 2009
Monday, May 25, 2009
mergulho
pelo brilho que eles discretamente emanam,
pelas carícias que delicadamente fazem aos meus,
pela responsabilidade que assumem ter,
pelo sorriso delicioso que esboçam...
...e neles me deixei estar até agora
mesmo que a pele comece a enrugar
inundando quase tudo o que conhecia e pensava quererSaturday, May 23, 2009
educação física...onde lá vai
não diria na altura, mas olhando para trás, Educação Física
era uma das minhas disciplinas favoritas na escola e uma que
eu agora aprendi a valorizar como nunca! não era a miúda mais
desportista...não pertenci a nenhuma das equipas da escola...
.....basket (muitas colegas e amigas nesta equipa, à qual eu
assisti muitos dos treinos, por fora), futebol (uiii e aqui havia
uma claque e uma devoção de todos os alunos!), vólei....mas
nas aulas, eu dava tudo e resistia e levava muito a sério. Eu
fazia ballet no "spare time" e em moçambique não era assim
tão comum praticar-se variados desportos (em contraste com
o que a minha prima da suíça teve, com uma lista de quase
meia-dúzia deles cada ano), além de estar convencida que
não era suficientemente qualificada para essas outras
modalidades, por ter absorvido tanta sensibilidade e postura
da dança clássica. Então, naquela hora, com a professora
Guida, Anabela, Pateguane ou Inácio, podia dedicar-me com
uma sequência mesmo que mínima, a futebol, andebol, vólei
e basket...
Agora pergunto-vos: o que acontece depois do secundário, à
maioria das raparigas, principalmente as que não pertenciam
às tais equipas de escola? Dirijo-me mais para as raparigas,
porque de uma maneira ou outra alguns rapazes ainda
conseguem manter um grupo de amigos com quem ir jogar
futebol ao fim-de-semana, por exemplo, mas claro que não
escapam a esta maleita. Retomando a questão colocada,
respondo com algum recheio: nada acontece! vamos para o
ginásio, experimentamos danças de salão, surf, danças
africanas, talvez ténis, danças orientais, jogging, natação,
hidroginástica e até podemos retomar o ballet! mas naquelas
bolas só voltamos a tocar eventualmente na praia ou se mais
tarde nos calha um filho rapaz...contudo, nunca mais com aquela
seriedade. Pode parecer estranho, mas efectivamente penso
com nostalgia naquele tempo e na saudade que tenho de jogar
futebol, basket, andebol e vólei....num grupo, uma equipa,
mesmo que obrigada a sê-lo...pois nunca mais tal se irá
proporcionar...5 ou mais amigas interessadas em formar grupos
e rotinas?.........deveria continuar a estar disponível, ser possível,
frequentar aulas de Educação Físca para adultos! um espaço
para podermos manter o contacto e experiência com essas
modalidades sobre as quais aprendemos e temos avaliações
durante 12 anos do início da nossa vida....
era uma das minhas disciplinas favoritas na escola e uma que
eu agora aprendi a valorizar como nunca! não era a miúda mais
desportista...não pertenci a nenhuma das equipas da escola...
.....basket (muitas colegas e amigas nesta equipa, à qual eu
assisti muitos dos treinos, por fora), futebol (uiii e aqui havia
uma claque e uma devoção de todos os alunos!), vólei....mas
nas aulas, eu dava tudo e resistia e levava muito a sério. Eu
fazia ballet no "spare time" e em moçambique não era assim
tão comum praticar-se variados desportos (em contraste com
o que a minha prima da suíça teve, com uma lista de quase
meia-dúzia deles cada ano), além de estar convencida que
não era suficientemente qualificada para essas outras
modalidades, por ter absorvido tanta sensibilidade e postura
da dança clássica. Então, naquela hora, com a professora
Guida, Anabela, Pateguane ou Inácio, podia dedicar-me com
uma sequência mesmo que mínima, a futebol, andebol, vólei
e basket...
Agora pergunto-vos: o que acontece depois do secundário, à
maioria das raparigas, principalmente as que não pertenciam
às tais equipas de escola? Dirijo-me mais para as raparigas,
porque de uma maneira ou outra alguns rapazes ainda
conseguem manter um grupo de amigos com quem ir jogar
futebol ao fim-de-semana, por exemplo, mas claro que não
escapam a esta maleita. Retomando a questão colocada,
respondo com algum recheio: nada acontece! vamos para o
ginásio, experimentamos danças de salão, surf, danças
africanas, talvez ténis, danças orientais, jogging, natação,
hidroginástica e até podemos retomar o ballet! mas naquelas
bolas só voltamos a tocar eventualmente na praia ou se mais
tarde nos calha um filho rapaz...contudo, nunca mais com aquela
seriedade. Pode parecer estranho, mas efectivamente penso
com nostalgia naquele tempo e na saudade que tenho de jogar
futebol, basket, andebol e vólei....num grupo, uma equipa,
mesmo que obrigada a sê-lo...pois nunca mais tal se irá
proporcionar...5 ou mais amigas interessadas em formar grupos
e rotinas?.........deveria continuar a estar disponível, ser possível,
frequentar aulas de Educação Físca para adultos! um espaço
para podermos manter o contacto e experiência com essas
modalidades sobre as quais aprendemos e temos avaliações
durante 12 anos do início da nossa vida....
...agora com licença, que vou fazer um sprint para apanhar o metro - que é a única altura em que ainda tenho oportunidade de fazer disso a partir desta idade....
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